Colegas - o filme

No mês passado, fiz a postagem #vemseanpenn que falava sobre o filme nacional Colegas.

Os atores principais do filme tem síndrome de down e o Ariel, o protagonista, é fã e sempre se inspirou no ator Sean Penn. Sua admiração é tanta que as redes sociais se mobilizaram para que no dia da estreia (01/03) o Sean Penn estivesse sentado ao lado do Ariel.

Na sexta-feira, fui com 4 'colegas' assistir ao filme.

Hoje a postagem será sobre o filme e também sobre o ator Sean Penn.

Eu tenho o hábito de ir ao cinema e quando fui comprar os ingressos fiquei encantada com a quantidade de pessoas com síndrome de down na fila. A mobilização é incrível.

O filme é uma graça!

Encanta pela simplicidade, pela ingenuidade, pela pureza e é capaz de despertar intensas emoções e boas risadas.

Mostra claramente a maldade, a intolerância e a indiferença que existe na sociedade. Deixando claro o quanto nós precisamos rever os nossos valores.

Achei fantástico a forma como o filme abordou a questão do sentimento, do prazer e também da busca da realização de um sonho. Isso deixa evidente o óbvio: somos todos iguais!

Façam um esforço e vão ao cinema prestigiar o cinema nacional!!

E, apesar de toda torcida e esperança, o Sean Penn não veio.

Foi publicado na fanpage do filme o recado:

No sábado de manhã, quando eles ainda não tinham postado a mensagem acima, estava louca atrás de uma notícia para saber se o Sean Penn tinha vindo ou não.

Na minha busca, encontrei uma notícia no Terra que dizia que as empresas não quiseram patrocinar a vinda do Sean Penn por não querer vincular o nome com os portadores de síndrome de down.

Quando li, fiquei tão revoltada e chateada que nem lembrei de salvar o link.

Ao digitar essa postagem, fui procurar a notícia e cadê?

Ela não existe mais!!!!

Já procurei com todas as palavras chaves possíveis tanto no google como no site da Terra e eu não achei!

E eu tenho certeza do que eu li!!!

Eu acreditava que o Sean Penn viria.
Com ou sem patrocínio ele teria condições de vir ou de mandar pelo menos um 'alô'.
Eu não tenho ideia de como é a agenda e também os contratos que esses artistas possuem... mas um video? Uma carta de agradecimento pelo convite? Não custava nada...

E é muito triste ver o quanto o preconceito ainda existe de forma descancarada.
Já dizia Einstein ser mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito...

Atualizando:

Tenho lido críticas a respeito da forma como o filme 'Colegas' tem utilizado cenas clichês de outros filmes. A intenção é justamente essa. O filme é repleto de referências diretas e indiretas de outras obras. Como eles assistiam e gostavam de vários filmes, eles passaram a enxergar a realidade com essa ótica e nós, também, os 100 minutos do filme é visto  conforme o imaginário dos protagonistas.